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Já experimentou churrasco de varal?

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Uma estrutura retangular, quadrada ou redonda, feita de ferro, arame, madeira ou bambu, onde pendura-se legumes, frutas, ervas e carnes de todos os tipos. É assim o varal, recurso usado para defumar alimentos. Rústico, grandioso e colorido, ele enche os olhos dos fãs de churrasco em eventos dedicados ao fogo.

O gaúcho Marcos Livi, que aos domingos oferece a pedida no projeto A Ferro e Fogo, no hotel Parador Hampel, em São Francisco de Paula (RS), conta que o público logo tira o celular do bolso para fotografar e filmar tudo que tem direito. “O churrasco geralmente é monocromático. No varal, ao colocar flores, ervas e legumes junto das carnes, você traz vida e gera um momento novo.”

Apesar do jeitinho “Instagramável” levar a crer que se trata de uma invenção para atrair os gulosos das redes sociais, a técnica é antiga. Isso porque, antes de ser uma fonte de sabor e prazer, a defumação é um meio de conservar a comida e aumentar a sua durabilidade. No Brasil, por exemplo, pode ser associada ao moquém, grelha de madeira com formato quadrangular ou triangular utilizada pelos índios tupis no litoral do país para defumar peixes e carnes.

Já a popularização recente do método é atribuída à Francis Mallmann, chef-celebridade argentino que fez da cozinha em fogo aberto uma atração internacional, colecionando passagens pela Europa e os Estados Unidos e fazendo dos seus restaurantes na Argentina e no Uruguai verdadeiros pontos turísticos.

Como funciona

As carnes e os vegetais são pendurados à estrutura em diferentes alturas com o auxílio de ganchos e correntes. No chão, lenhas frutíferas, como macieira e pereira, são dispostas de modo a formar um anel de brasa. Como o ar quente tende a subir, a fumaça age sobre os alimentos, fazendo com que fiquem avermelhados e ganhem o sabor defumado. Cortes bovinos, suínos e ovinos ficam expostos ao calor por um longo período, que varia de três a onze horas, a depender do tamanho da peça e da presença de colágeno na carne.

Esse cozimento, lento e a baixa temperatura, é chamado de low and slow e se assemelha ao barbecue, típico do Sul dos Estados Unidos. “No varal, a carne defuma, cozinha e assa. Tudo ao mesmo tempo. Ainda retém a umidade da peça e deixa a carne bem úmida”

Mesmo proteínas delicadas, caso dos peixes e dos frutos do mar, também são bem-vindas no varal. Dá para fazer em casa? Tomahawk e abacaxis no alto: ar quente sobe e defuma os alimentos Imagem: Julia Carvalho De acordo com a assadora Júlia Carvalho, é possível improvisar um varal na churrasqueira tradicional desde que as carnes fiquem a no mínimo 45 centímetros da brasa de lenha — e não de carvão. Ela indica defumar os cortes macios, como ancho, tomahawk, prime rib e picanha, temperados com sal e ervas, por três horas ou até atingir a temperatura de pelo menos 50 graus internos. É o suficiente para pegar cor e sabor de fumaça. Depois, vale levar à grelha da churrasqueira para se..

Veja mais em https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/09/14/varal-de-carnes-e-instalacao-artistica-do-churrasco-conheca.htm?cmpid=copiaecola

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